Wednesday, June 21, 2006

O corte Lacaniano e uma amiga inteligente

Me digam, o que mais uma pessoa precisa além de uma amiga inteligente e de um corte Lacaniano? Ok...de um fone de ouvido pro trabalho também, mas isso não vem ao caso agora.

Pergunte a tal amiga o que fazer em momentos cruciais de sua vida e a resposta será simples: o corte lacaniano.

Ah, você não sabe o que é?

Explico: Sabe quando sua analista te corta no meio de uma frase e diz que vocês voltam na semana seguinte. Voilá. O corte Lacaniano.

Você pode aplica-lo em inúmeras situações. Por exemplo, quando a recalcada/fofoqueira/meio gordinha da sua vizinha resolver perguntar absolutamente tudo da sua vida, às 8 da manhã no elevador que dá acesso à tão sonhada porta de saída, você aplica o corte lacaniano. Resumindo você se cala quando ela atingir o clímax do falatório.

Acreditem, a fórmula é bem simples e pode te salvar em muitas situações.

Sim Clicia. Esse post é dedicado a você. Obrigada por sua lucidez.
Brega e Chique

Cada um tem o vício que merece. Eu sou chegada em listas. Todo mundo que me conhece sabe disso. Consigo classificar quase qualquer coisa em uma lista. Consigo até mesmo colocar meus mais profundos desejos e sentimentos em um organizado "Top 5 Feelings". É um dom. Não nego.
Então vamos lá. Sem dó, nem piedade vamos resgatar os clássicos de nosso tempo e os atuais fora de época.

DESCE
Tomate seco com rúcula
Funghi
Casaquinho de tricot
ChapinhaBege
Bronzeamento artificial
Salmão
Anos 80
Fotolog
Axé Music
Anna Hickmann
Swarovski
Luzes na ponta do cabelo
Orkut
Victor Hugo
Lounge
Sofia Coppola
Hippie
Performance
Rodizio de Petisco
Cem anos de solidão
Daslu
Show beneficiente

SOBE
Cintura marcada
Brechó
Blush
Yuppie
Missa
Goiabinha
Blog
Buenos Aires
Escova
Sonia Braga
Funks antigos
Ipod
Meninos de cabelo enrolado
Google
Calça Cigarette
Mentex
Confetti
Serial Novel
Sotaque
Simone de Beauvoir
Bolsa Carteira
Tati Quebra-barraco
Thanks, Miranda July

Com o risco de soar meio Carrie Bradshaw dos trópicos, uma pergunta me ronda ultimamente: Quando e como sabemos que estamos em uma relação? O que precisamos saber ou provar para poder classificar a exsitência da tal relação? Precisamos que se torne público para ser oficial ou o que importa é somente o que os envolvidos sentem?

Falar em envolvidos ainda leva à uma outra série de indagações. Como podemos saber que existem envolvidos se não existem evidências? Tentar encontrar os atores dessa charada seria o mesmo que tentar achar um criminoso sem seu crime.

Coisa de um ano atrás vi um filme com nome sugestivo: Me and You and Everyone We know da Miranda July (achou que eu não ia explicar o título, né?). No minuto que vi o poster do filme, não tive dúvida: Um ingresso, por favor.

Sinopse e história a parte, será que é isso então? Precisamos de todos envolvidos para validar o que somente nós sentimos ou isso seria mais um capricho dos menos apaixonados? Uma coisa é certa, qualquer relação em algum ponto deficiente pode precisar de uma muleta.

As formas de enganar o coração são muitas. Existem opções pra todos os gostos. Podemos começar com o já clichè do "carinha casado", namorar com o moço difícil averso à contatos familiares e avançar até os pretês de messenger, que são a mais moderna novidade que a tecnologia nos permite.

A única coisa igual em tudo isso é o resultado. Perigoso, Infalível e Inevitável.

Irá da veia dramática de cada uma o quê fazer quando o inverno chegar. Se for como eu, o destino é certo: o telefone! Não tem como passar por uma crise de coração partido sem contar todos os detalhes, digo todos mesmo, para todas as suas amigas, Não posso evitar.

Algumas são um pouco mais contidas e choram baixinho no chuveiro, quando é mais seguro. Outras mais enérgicas e colocam a culpa no álcool. Todas acabam com alguns chocolates, que quanto mais caros, mais eficazes.

Perguntar o porquê de cair nessa cilada óbvia é a pergunta errada a ser feita. A pergunta é: Por que não acontece com mais frequência?

O coração é definitivamente um músculo pequeno. Muito pequeno. Não é feita de espaço sua virtude. Nele cabem poucos. Mas o que falta em tamanho, sobra em elasticidade.

Sua capacidade motora é alta e voraz. Ele precisa bater e precisa de motivo. Mas ele não é racional. Não, nada disso. Muito pelo contrário. Ao invés de procurar o novo, ele opta pelo que conhece. Procura pelo que sabe identificar, decifrar. E aí, Voilá. Temos um terreno pronto e fértil para os mais variados antídodos contra o tédio e a impaciência.

Caímos na cilada do excesso de conhecimento. Da trajetória já traçada. Do caminho percorrido e já decorado. Voltamos com ex, temos pequenos flashbacks, conhecemos pessoas novas e colocamos nelas as expectativas antigas. Gastamos horas com um futuro que já aconteceu, só para anestesiar o presente. E continuamos seguindo. Às vezes se perguntando. Às vezes só seguindo.
Sobre o tempo

Que o tempo é sempre o personagem mais mal resolvido da história todo mundo sabe. Ele corre quando deveria parar e parece não ter nenhuma pressa em momentos de agonia.
Alguns tempos são ainda mais difícies.

Por exemplo, você está baixando uma música e tudo corre a passos largos, mas eis que chega nos 94% do download. Aí, amiga leitora, parece que o tempo para, só pra jogar na sua cara que ele sabe o que está fazendo, e vai fazer no tempo dele.

Parece que existe também uma certa conivência do mundo com esses tempos de relação delicada. Veja você, os condicionadores levam 3 minutos pra fazer efeito. O que os fabricantes de condicionador acham que a gente deveria fazer nesse tempo? Esperar em pé espremida entre o azulejo frio e a água que a essa altura já está escaldante? Por que não facilitam a nossa vida e fazem produtos de ação imediata?

Mas não só de agonia interna vive o tempo. Ele também se alimenta do constrangimento e dor alheia.

É justo na hora que você está descabelada e com o moletom manchado que comprou na Disney com 15 anos que você encontra aquele seu flerte chiquérrimo de óculos escuros, blazer e camiseta.

E nem preciso falar do clássico "ex-namorado e senhora" né? É praticamente um cliché.
Ninguém encontra com ex em uma praia paradisíaca depois de ter acabado as 10 sessões de mesoterapia + drenagem linfática com aquela armena poderosa que só você conhece. Claro que não!

Encontrar ex-namorado tem pelo menos 2 requisitos mandatórios: que você esteja em um lugar que exija fila ou espera e que esteja em TPM e com uma espinha que vai do rosa shock ao branco mais absoluto da ponta (e não, eu nunca disse que meus posts não caberiam uma certa escatologia).

A solução pros tempos difícies é simples: Pareça Ocupada!
Faça qualquer coisa que pareça com uma atividade super entusiasmante. Veja a anotação na agenda que fez semana passada, leia um pedaço do livro que você já acabou, mas continua na bolsa. Nessas horas a até celular sem carga ajuda: "Alô, Rafael? Oi queriiiiiiiiiido...".
Da escolha do nome

Escolher nome é sempre uma tarefa difícil. Nome de filho, de cachorro, de personagem..

Com nome de Blog não é diferente. A dificuldade é que você quer transmitir todo o conceito do seu Blog em apenas um nome.

Mas não é só minha gente. Além de certo talento, ou charlatanice claro, pra fazer "títulos", você tem que pensar nisso antes de todos os milhões de blogueiros desocupados no mundo. Desculpem pelo pleonasmo, afinal alguém já viu um blogueiro suuuuuper atarefado?

Voltando à vaca fria. Estou eu lá em busca do nome perfeito, quando penso o óbvio "FRAUDE"
Voilà. Eis que não só existe um blog com esse nome, como ele também é uma fraude. E das boas.
E não é que a dona do Blog escreve em seu primeiro e único post: nada. Isso. Nada literalmente.

Resumindo minha indignação em poucas palavras: Se não sabe brincar, não desce pro play!



OBS: E é isso aí minha gente, apenas no terceiro post e já com possibilidade de processo por difamação.
Porque o trabalho dignifica o homem

Quando a reunião de trabalho da pessoa que senta atrás de você atrapalha suas atividades extra corporativas (Atenção pessoal de Marketing, acabo de inventar mais um termo. Agora é só traduzir pro inglês!), você pensa que é melhor rever seus objetivos profissionais.
Ufa desabafei.
Da série homem é tudo palhaço

Você, moça moderna, dessas que faz dietas sem glúten, toma chá verde toda manhã e só viaja para NYC quando "A" liquidação do ano vai acontecer, tem uma dúvida sentimental. Pensem duas vezes antes de julgar pessoal, por que moça moderna também é gente e também tem dúvida sentimental.

A tal dúvida calha de acontecer no dia que a moça moderna tem análise, por que afinal, nada mais moderno do que fazer análise. Mas abir a questão e relativizar todas as perspectivas que você tem sobre a vida não é a solução pro dia. Você quer algo prático e rápido. Uma espécie de auto-ajuda express.

A moça então pensa que poderia pedir ajuda de uma amiga. Mas amiga de moça moderna também é moderna e tem as mesmas opniões. Aí voltariamos para a estaca zero.
Refletindo um pouco, conversar com um homem sobre o assunto não seria lá má idéia. Afinal, eles são mais racionais e certamente não dividiriam as mesmas espectativas sobre o assunto.

Ok. Decisão feita. A moça começa agora a busca pelo "homem perfeito". Teria que ser maduro, descolado, beeeem distante do foco da dúvida e estar avaiable no messenger, porque você não pode esperar até chegar em casa para conversar sobre o assunto, claro.

Então pronto! Homem achado, inicia-se a conversa. A moça expõe suas questões e todos, digo to-dos, os detalhes do drama. O homem parece estar acompanhando com interesse, fazendo alguns comentários e imagine você, dando conselhos.

Mas quando você pergunta: "e aí, o que acha?". Ele empossado de todo os seus mais que 40 anos de vida te responde, assim na lata: "AH, É HOMEM NÉ!".

Opa, mas pera aí. Até desculpa esfarrapada tem ser um pouco mais elaborada. Assim não dá! Tem que ter uma justificativa. Mesmo que seja uma daquelas balelas que apelam para os nossos hormônios ou atenpassados macacos.

Agora fica aqui um apelo, homens. Nessas horas difícieis, FINJAM. Porque se até para o Paulinho Moska "mentiras sinceras interessam", imagine pra nós!